Dica 3:
Qual o melhor caminho para lojas de roupas?

- Enfrentando a crise sem choro nem vela

Além de todas as alterações de mercado, tecnologia etc. o comerciante de roupas e acessórios enfrenta influências das mudanças nas tendências da moda e do clima.

Roupas e acessórios estão entre os itens de maior intenção de compra junto aos consumidores, não apenas pelo apelo da moda, mas também porque atuam fortemente no imaginário. Por exemplo, a cliente pode comprar uma roupa por necessidade, para o trabalho, para ir a uma festa ou para melhorar a autoestima. Para muitas, olhar as vitrines e conhecer as novidades é um programa que cura o estresse e distrai.

Tudo isso abre um amplo leque de possibilidades para quem quer entrar nesse mercado e isso acaba atraindo uma quantidade imensa de novos concorrentes. Não é fácil sobreviver nesse cenário competitivo em uma economia cheia de altos e baixos, mas existem caminhos que podem dar certo:

1 - BOA LOCALIZAÇÃO:
A não ser que você tenha capacidade financeira para abrir uma mega loja, com estacionamento próprio, segurança, conforto, área de alimentação e outros requisitos capazes de atrair os consumidores, você precisa estar num local de fácil acesso.

Para lojas menores não vale a pena correr o risco da má localização. Lembre-se que numa mesma rua ou em dentro de um mesmo shopping existem diferenças entre os diversos pontos. Verifique cuidadosamente o ponto onde você pretende abrir sua nova loja. A vizinhança agrega valor à sua loja? Sua loja terá boa visibilidade? O seu público-alvo passará na porta? Imagine-se como um pescador procurando o local ideal para lançar o anzol. Se não tem peixe no local, nem a melhor isca ajuda.

2 - BOA ADMINISTRAÇÃO:
Independente de uma boa localização muitas empresas de comércio de roupas e acessórios não conseguem prosperar por falta de um bom gerenciamento econômico-financeiro, estoques desregulados, falhas na logística e política comercial. Uma boa administração saberá adequar o mix de produtos, o atendimento, a arrumação da loja, vitrines, estoque etc. considerando as características de cada loja. Por exemplo, o tipo de consumidor de uma loja pode indicar vitrines com itens de preço mais baixo, enquanto os consumidores de outra loja permitem a arrumação da vitrine com produtos de maior margem de lucro. Planejando cada loja a fim de ganhar o máximo, você aumenta o lucro e satisfaz a clientela.

3 - MARKETING INTELIGENTE:
Está certo quem pensa que o sucesso de uma empresa depende de Marketing, isso é o óbvio. Entretanto, o Marketing depende do pensamento, da reflexão. Esse é o trabalho mais árduo de todos, mas muita gente procura o caminho mais fácil, fazendo o mínimo indispensável.

Muitos pensam que basta imitar algum concorrente, sem analisar se a solução encontrada é a mais adequada para suas condições. Passam por cima do mais óbvio princípio de Marketing: é necessário ter um diferencial!

Quase sempre a falta de uma visão cuidadosa é o que faz a diferença entre um empresário medíocre, que corre atrás, e o empresário bem-sucedido, que chega à frente. Muitas empresas preferem competir oferecendo produtos que consideram mais fáceis de vender para um público-alvo sem maiores exigências: um Marketing mais fácil.

Algumas se arriscam com produtos ou serviços exclusivos, disputados por um número menor de concorrentes, porém em mercados selecionados: um Marketing mais difícil.

Poucas empresas questionam se estão conduzindo seus negócios com as estratégias e as táticas mais adequadas aos seus propósitos e interesse do seu público-alvo: um Marketing inteligente.

Empresas com Marketing inteligente, baseado em estratégias eficazes e táticas eficientes crescem continuamente e estão mais preparadas para os altos e baixos do mercado. Por exemplo, isso é o que acontece com empresas que oferecem bons produtos e fazem uma boa propaganda.

Empresas que utilizam estratégias eficazes, mas utilizando táticas ineficientes conseguem apenas sobreviver. Por exemplo, uma empresa que chega a produzir ou vender bons produtos, mas não tem boa propaganda.

Empresas que utilizam estratégias ineficazes e táticas ineficientes morrem aos poucos. Isso pode acontecer com empresas que teimam em acreditar que estão no rumo certo. Por exemplo, aquela empresa que não faz boa propaganda e ainda oferece maus produtos. Não ganhará novos clientes e os antigos não voltarão.

A empresa que utiliza uma estratégia errada através de táticas eficientes está predestinada a uma morte rápida. Isso é típico de uma empresa que se empenha muito e trabalha duro oferecendo produtos ou serviços que desagradam os consumidores. Por exemplo, uma empresa que utiliza uma forte campanha de propaganda, mas oferece maus produtos, destruirá rapidamente sua imagem.

BOM EXEMPLO: No Brasil, um exemplo de empresa que utiliza boas estratégias e táticas é o Magazine Luiza. A empresa foi capaz de criar uma estratégia multicanal sem perder a cultura empresarial e o modelo de relacionamento com os clientes. O grau de confiança que o cliente deposita na empresa, criou a possibilidade de realizar vendas à distância e sem contato físico com os produtos.

Outro exemplo de loja que utiliza boas estratégias e táticas é a H.Stern. Fundada no Rio de Janeiro em 1945 pelo imigrante alemão Hans Stern, hoje a marca é sinônimo de beleza e bom gosto no Rio, em São Paulo, Nova York, Paris, Frankfurt, Tel Aviv e em outras importantes cidades ao redor do mundo. Está presente em editoriais de moda das mais conceituadas revistas internacionais e enfeita celebridades de todo o mundo.


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